Mudança do clima nas cidades
Na COP 21, a Organização Mundial de Saúde declarou que “a proteção da saúde deve ser uma prioridade para o investimento, e que a mitigação das mudanças climáticas pode trazer benefícios imediatos para a saúde e para a economia. Os ganhos mais óbvios são a redução anual da mortalidade atribuível ao ambiente e à poluição do ar”.
Políticas específicas de mitigação que possam reduzir as emissões de gases efeito estufa (GEE) nas cidades e resultar em co-benefícios para a saúde referem‐se principalmente às medidas nas áreas de transporte, energia e consumo de carne:
- Redução do uso do automóvel privado em zonas urbanas;
- Aumento do transporte ativo (caminhada e ciclismo);
- Diminuição da poluição dentro das casas (indoor) pela queima de biomassa em países em desenvolvimento;
- Geração de energia de fontes renováveis ou de outras fontes de baixo carbono ao invés de combustíveis fósseis; e
- Redução do consumo de produtos de origem animal em centros urbanos.
Segundo a OMS, “com a implementação de intervenções comprovadas para reduzir as emissões de poluentes climáticos de curta duração, tais como atingir as emissões dos veículos e padrões de eficiência, poder-se-ia esperar salvar cerca de 2,4 milhões de vidas por ano e reduzir o aquecimento global em cerca de 0,5°C até 2050. Colocar um preço sobre combustíveis poluentes para compensar os impactos negativos sobre a saúde poderia reduzir as mortes por poluição do ar pela metade, diminuir as emissões de dióxido de carbono em mais de 20%, e levantar cerca de US$ 3 trilhões por ano em receitas – mais da metade do valor total das despesas de saúde por todos os governos do mundo “.